Meliponicultura

MELIPONICULTURA NO VALE DO ITAMBOATÁ

Inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes-Ipitanga, a Fundação Terra Mirim desenvolve junto às comunidades do Vale do Itamboatá – Simões Filho/Bahia – Brasil, este projeto de cuidado com as abelhas nativas, Uruçu. Facilitando por suas ações e projetos o reencontro da humanidade com si mesma, pela (re)conexão com a Natureza, a FTM através do projeto de Meliponicultura preza pela preservação ambiental, promove a segurança alimentar e tem em vista a geração de renda (complementar) para as famílias envolvidas.

A introdução da meliponicultura no Vale do Itamboatá teve apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente que em 2006 viabilizou a realização de estudos básicos sobre as espécies florísticas, o levantamento das espécies de abelhas nativas, bem como entrevistas com os nativos para conhecer  os  saberes  tradicionais  sobre  as  abelhas  sem  ferrão  nesse  território,  visando fomentar atividades de preservação da biodiversidade no bioma Mata Atlântica.

Os estudos básicos mostraram que apesar dos benefícios gerados pelas abelhas sem ferrão, elas estão cada vez mais difíceis de serem encontradas nos seus habitats naturais; que várias espécies estão em risco de extinção, como a abelha Uruçu (Melipona Scutellaris), sendo as principais causas deste desaparecimento as ações antropizantes: desmatamento, intensa destruição do ambiente, exploração irracional das colônias (ação de meleiros) e a expansão da abelha africanizada.

A implantação do meliponário/criadouro foi realizada em abril de 2007, com a aquisição de 07 (sete) colônias de uruçu (Melipona scutellaris) mantidas em cavaletes individuais que foram multiplicadas no decorrer dos últimos 8 (oito) anos.

A  parceria  da  COELBA  e  apoio  da  APA  Joanes  Ipitanga,  no  período  de  2012  a  2014, possibilitou à Fundação Terra Mirim ampliar a ação do Projeto Meliponicultura no Vale do Itamboata. Da sede da FTM, o projeto se expandiu para a inclusão de quinze pequenos produtores locais nesta atividade de proteção e cuidado com as abelhas uruçu. Com esses produtores locais, realizamos capacitações com a implantação do Meliponário-Escola: através da  realização  de  oficinas  para fortalecimento  da  aprendizagem,  ampliamos  seu  acesso  à assistência técnica e, fornecemos as condições objetivas para início da criação nas pequenas unidades produtivas, inclusive com a doação de caixas e enxames de abelha uruçu, além da oferta de mudas melitófilas para ampliação da pastagem das abelhas em suas localidades.

Os objetivos gerais do projeto são:  Incrementar a meliponicultura, com a criação racional da abelha uruçu no Vale do Itamboatá, vinculada a agroecologia, em região remanescente da Mata Atlântica; Preservação da biodiversidade; Ampliação  da oferta  de alimento saudável a  população em  insegurança alimentar; Gerar oportunidade de incrementar a renda familiar com um novo e promissor mercado de mel e outros produtos beneficiados.

Caminhos de uma Sustentabilidade Integral – multidimensional e complexa. Culturas da Pachamama que reclamam o Direito de ser da Terra. Conheça um pouco mais sobre as Uruçus – abelhas nativas, “sem-ferrão”, que produzem um mel muito saboroso e são de fácil cuidado! Agende uma visita ao nosso Meliponário Escola e venha conhecer de perto as lindas abelhas Uruçu! 

HISTÓRICO

  • 2006 – A introdução da Meliponicultura no Vale do Itamboatá teve apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente, que fez um estudo básicos sobre as espécies florísticas, o levantamento das espécies de abelhas nativas, bem como entrevistas com os nativos para conhecer os  saberes  tradicionais  sobre  as  abelhas  sem  ferrão  nesse  território,  visando fomentar atividades de preservação da biodiversidade no bioma Mata Atlântica.
  • 2007 – A implantação na FTM do meliponário com a aquisição de 07 (sete) colônias de uruçu (Melipona scutellaris) mantidas em cavaletes individuais que foram multiplicadas no decorrer dos últimos 8 (oito) anos.
  • 2012 a 2014 – Ampliação do Projeto Meliponicultura no Vale do Itamboatá, com a  parceria  da  COELBA  e  apoio  da  APA  Joanes  Ipitanga, com  a inclusão de quinze pequenos produtores locais nesta atividade de proteção e cuidado com as abelhas uruçu.
  • 2016 – Continuidade da realizaçao do projeto, entre encontros com produtores, implantação de unidades, criação de materiais, oficinas de capacitação e educação ambiental, articulação com redes parceiras.

ATIVIDADES:

  • Acervo de mais de 159 enxames de abelha uruçu no Vale do Itamboatá;
  • Plantio de 500 mudas de plantas melitofilas;
  • Coleta de 43 litros de mel no período de dezembro/2014 a março de 2015;
  • Meliponário escola;
  • Rede de moradores e pequenos produtores rurais meliponicultores;
  • Articulação com redes de comercialização vinculadas a economia solidaria e ao comércio justo, como a Rede Moinho e articulação com centros de pesquisa como o Grupo INSECTA da UFRB.
  • Assista a última matéria que saiu no Programa Conexão Bahia (2018):

As abelhas são responsáveis por 70% do que comemos! O programa Conexão Bahia fez uma matéria linda sobre a Meliponicultura e o belo trabalho de Terra Mirim nessa área… Uma história de mais de dez anos. Minah Beuh dando voz às Albelindas, firmando leveza no manejo das abelhas nativas sem ferrão (uruçus) e esperança por mudanças; consciência que faz vida… O viver das florestas, do ecossistema, da natureza, do Planeta! Vídeo exibido no programa em 2 de junho de 2018: CLIQUE AQUI

Terra Mirim finalizou o projeto “Meliponicultura no Vale do Itamboatá”. Através da parceria com a Coelba, foi possível aumentar em quase 150% o número de colmeias no Vale. Para se ter ideia, conseguimos povoar o nosso vale com mais de 600 mil abelhas — isso quer dizer mais florestas, mais água, mais alimentos, mais vida! As abelhas são vida, vamos preservá-las.

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