Meio ambiente

O núcleo Ambiental da Fundação Terra Mirim é responsável por projetos e atividades relacionados ao Meio Ambiente, sejam com fauna, plantas, agricultores, ou até mesmo com participação na implantação da política de segurança alimentar e nutricional (Simões Filho/BA).

 

Projetos e atividades desenvolvidos pelo núcleo Ambiental:
  • Projeto Águas Puras I e II financiado pelo FNMA (2000/2009)
  • Projeto Direito Ambiental Comunitário financiado pela SEMA/BA
  • Projeto Ecologia Integrativa financiado pela SEMA/BA
  • Projeto Coletivo Jovem e hortas escolares financiado pela ETERNIT
  • Curso Guias da Mata Atlântica financiado pela ETERNIT
  • Curso Recuperação de áreas degradadas financiado pelo Ministério Público
  • Projeto Incubadora Ecosolidária financiado pela FAPESB/SETRE/SEMA
Projeto em andamento:

 

Comemorando 11 anos de trabalho
O projeto “Águas Puras”, iniciado em 2004 tendo como objetivo principal o cuidado das nascentes e fontes do Rio Itamboatá, constatou em seu diagnóstico final a quase extinção das abelhas-uruçu nativas sem ferrão, na região do Vale. Assim, em abril de 2007, a Fundação Terra Mirim iniciou a meliponicultura – criação de abelhas nativas sem ferrão. A iniciativa pioneira de implantação do meliponário escola, com sete (07) colônias da abelha-uruçu (melipona scutellaris), proporcionou o início do projeto piloto de uma ação voltada para o fomento de atividades de preservação da biodiversidade da Mata Atlântica, no Vale do Itamboatá, e desde então é referência no segmento. A longevidade deste projeto de meliponicultura é resultado do investimento na força do coletivo e, a exemplo da rotina das abelhas, é laborioso, em seu tempo e ritmo, de florada em florada, construindo colmeias de conhecimento. E neste mesmo olhar, é importante compreender as sutis diferenças em todos os envolvidos no projeto, à medida que as abelhas vão fazendo parte de suas vidas.
Com grandes parceiros, INEMA e COELBA (2012 à 2014, 2016 e 2017 à 2018), o projeto lançou suas sementes e trouxe novos parceiros, os pequenos agricultores do Vale do Itamboatá. O trabalho atual conta com a participação de 15 (quinze) meliponicultores. A marca do empreendedorismo é forte no grupo, inventividade associada a persistência, foi tecido no dia a dia com as uruçus. A partir de uma (01) colmeia, no início do projeto, a maioria já dispõe de mais de seis. Assim, no esforço coletivo, a meta do projeto, de recompor a população das abelhas nativas na região, vem acontecendo aos poucos, e atualmente são mais de 640 (seiscentas e quarenta) mil espalhadas pelo Vale do Itamboatá. Os pilares básicos do trabalho, geração de renda, segurança alimentar e consciência ambiental são absorvidos, à medida que cada produtor labora em sua criação. Os resultados do investimento da educação continuada, através da assistência e capacitação técnica fundamentam uma nova cultura em cada produtor, irradiando o conhecimento para sua comunidade e além: “A meliponicultura é muito importante para mim e para minha comunidade, porque traz grandes benefícios, aqui para nós… Na polinização das árvores, depois que a abelhas veio para minha comunidade, as árvores frutíferas passou a dar mais frutos através delas.” Depoimento de E. S. – Meliponicultor da Comunidade do Oiteiro. A florada das matas nativas proporciona o mais doce mel, com leve fragrância de diversas matrizes florais; a produção deste produto vem crescendo e constituindo em renda e alimento para as famílias. Estas abelhinhas conquistam, pelos benefícios e facilidade de manejo e vieram para ficar, como uma tradição familiar: “muitas vezes a minha filha, de seis anos, me acompanha pra colocar a alimentação ou até mesmo para fazer a retirada desse mel.” A. P. M. – agricultora da comunidade quilombola do Dandá.
Meliponicultura no Vale do Itamboatá 

 

 

Inserida na Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes-Ipitanga, a Fundação Terra Mirim desenvolve junto às comunidades do Vale do Itamboatá – Simões Filho/Bahia – Brasil, este projeto de cuidado com as abelhas nativas, Uruçu. Facilitando por suas ações e projetos o reencontro da humanidade com si mesma, pela (re)conexão com a Natureza, a FTM através do projeto de Meliponicultura preza pela preservação ambiental, promove a segurança alimentar e tem em vista a geração de renda (complementar) para as famílias envolvidas.
A introdução da meliponicultura no Vale do Itamboatá teve apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente que em 2006 viabilizou a realização de estudos básicos sobre as espécies florísticas, o levantamento das espécies de abelhas nativas, bem como entrevistas com os nativos para conhecer  os  saberes  tradicionais  sobre  as  abelhas  sem  ferrão  nesse  território,  visando fomentar atividades de preservação da biodiversidade no bioma Mata Atlântica.
Os estudos básicos mostraram que apesar dos benefícios gerados pelas abelhas sem ferrão, elas estão cada vez mais difíceis de serem encontradas nos seus habitats naturais; que várias espécies estão em risco de extinção, como a abelha Uruçu (Melipona Scutellaris), sendo as principais causas deste desaparecimento as ações antropizantes: desmatamento, intensa destruição do ambiente, exploração irracional das colônias (ação de meleiros) e a expansão da abelha africanizada.
A implantação do meliponário/criadouro foi realizada em abril de 2007, com a aquisição de 07 (sete) colônias de uruçu (Melipona scutellaris) mantidas em cavaletes individuais que foram multiplicadas no decorrer dos últimos 8 (oito) anos.
A  parceria  da  COELBA  e  apoio  da  APA  Joanes  Ipitanga,  no  período  de  2012  a  2014, possibilitou à Fundação Terra Mirim ampliar a ação do Projeto Meliponicultura no Vale do Itamboata. Da sede da FTM, o projeto se expandiu para a inclusão de quinze pequenos produtores locais nesta atividade de proteção e cuidado com as abelhas uruçu. Com esses produtores locais, realizamos capacitações com a implantação do Meliponário-Escola: através da  realização  de  oficinas  para fortalecimento  da  aprendizagem,  ampliamos  seu  acesso  à assistência técnica e, fornecemos as condições objetivas para início da criação nas pequenas unidades produtivas, inclusive com a doação de caixas e enxames de abelha uruçu, além da oferta de mudas melitófilas para ampliação da pastagem das abelhas em suas localidades.
Os objetivos gerais do projeto são:  Incrementar a meliponicultura, com a criação racional da abelha uruçu no Vale do Itamboatá, vinculada a agroecologia, em região remanescente da Mata Atlântica; Preservação da biodiversidade; Ampliação  da oferta  de alimento saudável a  população em  insegurança alimentar; Gerar oportunidade de incrementar a renda familiar com um novo e promissor mercado de mel e outros produtos beneficiados.
Caminhos de uma Sustentabilidade Integral – multidimensional e complexa. Culturas da Pachamama que reclamam o Direito de ser da Terra. Conheça um pouco mais sobre as Uruçus – abelhas nativas, “sem-ferrão”, que produzem um mel muito saboroso e são de fácil cuidado! Agende uma visita ao nosso Meliponário Escola e venha conhecer de perto as lindas abelhas Uruçu!
HISTÓRICO
  • 2006 – A introdução da Meliponicultura no Vale do Itamboatá teve apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente, que fez um estudo básicos sobre as espécies florísticas, o levantamento das espécies de abelhas nativas, bem como entrevistas com os nativos para conhecer  os  saberes  tradicionais  sobre  as  abelhas  sem  ferrão  nesse  território,  visando fomentar atividades de preservação da biodiversidade no bioma Mata Atlântica.
  • 2007 – A implantação na FTM do meliponário com a aquisição de 07 (sete) colônias de uruçu (Melipona scutellaris) mantidas em cavaletes individuais que foram multiplicadas no decorrer dos últimos 8 (oito) anos.
  • 2012 a  2014 – Ampliação do Projeto Meliponicultura no Vale do Itamboatá, com a  parceria  da  COELBA  e  apoio  da  APA  Joanes  Ipitanga, com  a inclusão de quinze pequenos produtores locais nesta atividade de proteção e cuidado com as abelhas uruçu.
  • 2016 – Continuidade da realizaçao do projeto, entre encontros com produtores, implantação de unidades, criação de materiais, oficinas de capacitação e educação ambiental, articulação com redes parceiras.

 

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